Há quem seja muito rigoroso sobre manter o jejum em sigilo, enquanto outros, como os fariseus, fazem questão de se exibir. Em Mateus 6:16-18, Jesus critica a atitude dos fariseus que tentam parecer tristes para impressionar os outros com sua suposta espiritualidade.
Jesus não proibiu falar sobre o jejum. Se fosse assim, a própria Bíblia estaria em contradição, já que narra o jejum de 40 dias de Jesus. Como sabemos que Ele jejuou no deserto, se Ele estava sozinho? É provável que Ele tenha compartilhado isso com Seus discípulos de forma reservada.
Pessoalmente, comecei a jejuar por causa do testemunho de outros irmãos. Foi através dessas experiências que passei a compreender melhor o ensino bíblico sobre o jejum, e sou grato por aqueles que me inspiraram. É importante lembrar que algumas pessoas não têm nada a acrescentar à nossa caminhada espiritual, apenas críticas.
Recordo-me do primeiro jejum que fiz na adolescência. Decidi abrir mão apenas do almoço, mas tomei um refrigerante para aliviar o sacrifício. Fiz isso com a intenção de orar por um amigo que queria ver batizado no Espírito Santo. Mesmo após muita oração, ele ainda não havia sido tocado. Então jejuei e orei por ele. Embora hoje eu veja que meu sacrifício não foi tão grande, naquela época, foi o meu melhor.
Alguém soube do meu jejum e me ridicularizou, dizendo que jejum de verdade era passar o dia inteiro sem comer e beber apenas água, e que o que eu fizera não passava de uma “dieta”. Contudo, naquele dia, meu amigo foi cheio do Espírito Santo, e eu preferi acreditar que o jejum tinha funcionado. Com o tempo, ouvi relatos de irmãos que jejuavam por mais de um dia, e assim fui aprendendo sobre a prática, algo que não aprendi na igreja ou em livros. Creio que podemos, com sabedoria, compartilhar nossas experiências e encorajar outros a jejuar.
Conclusão
Haverá momentos em que o Espírito Santo nos chamará mais ao jejum, e períodos em que não sentiremos tanta necessidade. Já passei anos sem sentir o impulso de fazer jejuns longos, e mesmo esses foram raros. Mas também houve fases em que sentia constantemente a necessidade de jejuar. Acredito que o jejum de um dia deveria ser uma prática mais comum entre os cristãos, mesmo quando não há uma “urgência” espiritual aparente.
Quando meu filho Israel estava para nascer, senti um forte peso de oração e intercessão. Sabia que precisava jejuar, algo dentro de mim dizia que era urgente. Não ouvi uma voz divina, nem tive visões ou sonhos, apenas sabia que tinha que jejuar até alcançar uma vitória. Jejuei por seis dias e, ao final, senti que a batalha estava vencida. No parto, minha esposa teve complicações e quase perdemos nosso filho, mas o poder de Deus prevaleceu.
Precisamos ser sensíveis ao Espírito Santo, tanto para iniciar quanto para encerrar um jejum. Já fiz jejuns que desejei prolongar, mas senti que deveria parar, pois a motivação havia mudado.
Concluo desafiando você a praticar mais o jejum. Através dessa experiência, você verá o poder que essa ferramenta tem, algo que muitas vezes é indescritível. Que o Senhor te guie nessa jornada!
Por Luciano Subirá
